O colega
Estava no primeiro ano. Caloiro fresquinho, acabadinho de entrar na universidade e praxado com graça, sem humilhação e sem temor.
Dividia o quarto com um colega de curso mais bem mais velho, que decidira estudar depois de já estar a trabalhar, a quem admirava por já frequentar o 3º ano. Aos poucos e sem se aperceber vestia-se como ele; coisas de jovem adulto mal saído da adolescência, de espírito fluido, mas ainda imaturo. Eram os sapatos clássicos de couro, as calças de pregas com vinco, a camisa de manga curta com laço a condizer; a rematar,maleta Sansonite comprada com muita poupança e sacrifício.
O ridículo era tão evidente aos olhos de quem o observava como invisível aos seus. Apenas percebeu quando um desinibido grupo de estudantes se cruzou com ele e comentou: " Topem-me este tipo, parece um empregado de mesa!
Dividia o quarto com um colega de curso mais bem mais velho, que decidira estudar depois de já estar a trabalhar, a quem admirava por já frequentar o 3º ano. Aos poucos e sem se aperceber vestia-se como ele; coisas de jovem adulto mal saído da adolescência, de espírito fluido, mas ainda imaturo. Eram os sapatos clássicos de couro, as calças de pregas com vinco, a camisa de manga curta com laço a condizer; a rematar,maleta Sansonite comprada com muita poupança e sacrifício.
O ridículo era tão evidente aos olhos de quem o observava como invisível aos seus. Apenas percebeu quando um desinibido grupo de estudantes se cruzou com ele e comentou: " Topem-me este tipo, parece um empregado de mesa!
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