quarta-feira, 25 de julho de 2007

Língua viva

A nossa língua sobrevive há tanto tempo porque apesar da sua origem e das bases que a sustentam serem imutáveis, é dinâmica, reciclável. O quotidiano vai provocando alterações ora subtis, ora evidentes. Algumas novidades desvanecem-se e outras perduram. Por exemplo, quando a educação e o refinamento não funcionam e queremos mandar alguém àquela parte, mas não nos apetece deixar o interlocutor em dúvida sobre as nossas intenções baixamos o nível. É feio, mas nestes casos a compreensão e a frontalidade comportam-se na razão inversa da nossa educação.

Quem quiser estar actualizado, na moda, poderá dizer "Seu filho de uma junta médica" o que é o mesmo que dizer "Seu filho de uma ganda p***.". Se quiser ser ainda pior bastará dizer "Vai para a Caixa Geral de Aposentações" que o efeito é o mesmo quando se diz "Vai-te fo***."! É que independentemente do local, da hora, do número de intervenientes, o resultado é o mesmo, seremos literalmente fo*****!...

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