terça-feira, 11 de março de 2008

Par abandonado

Por que me abandonaste tu, par de pés desnaturado
Por ti calcorreei, viajei, sustentei e deformei (-me).

Aqui encostado à parede, derreto ao sol e endureço de frio, não tenho conforto, destino ou desafio.

Por que me deixaste tu, homem ingrato, quando jamais te recusei uma passeio, corrida ou imóvel recato.

Nas pedras da calçada que outrora percorria, deixo as histórias com que me deste a vida agora vazia...

Nenhum comentário: