terça-feira, 11 de setembro de 2007

Press Release

"Exército recorre ao Marketing directo para seduzir jovens."

Há quem ache nobres, bonitas e transmita as imagens de um miúdo de doze anos sentado num carro blindado estacionado à porta de uma estação de Metro no Porto, de metralhadora na mão a dizer que "a tropa é fixe porque tem aqueles carros giros com canhões que fazem bum...". O nosso exército propagandeia-se dizendo que paga bons salários e oferece estabilidade no emprego durante seis anos. É esta a mensagem forte e aliciante de uma instituição de valor e importância inquestionáveis para a soberania do país e que não se importa de recrutar entre verdadeiros aficionados pelas artes da guerra, gente sem rumo e sem emprego, que só procura uma forma de sobrevivência. Não se falar em defender a pátria, em altruísmo, em abraçar uma profissão que exige risco e vários tipos de sacrifício ainda se compreende, afastaria muita gente, mas envolver crianças em accções de aliciamento e propaganda?... Indignados e chocados, muitos telespectadores criticam e insurgem-se contra as crianças-soldado que abundam por esse mundo fora e que passam nos telejornais, tanto em teatros de guerra, em recreios de escolas ou aos comandos de um video-jogo. E tudo isto é transmitido pela RTP, a tal estação do serviço público de televisão.

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