sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Press Release

"Viana do Castelo alvo de assalto violento, um dia antes da Cimeira dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27." Depois desta ninguém poderá dizer que este governo se esconde e esconde o país real. Certamente que alguém dirá que a escolha de Viana do Castelo foi um tiro de pistola no pé...Foi sim um rajada de metralhadora no peito.
Como é que uma cidade que acolhe tanta gente importante num acontecimento agendado com tanta antecedência não tem na véspera, um dispositivo de segurança à altura? Onde estava o Corpo de Intervenção (CI) da PSP, onde estava o Grupo de Operações Especiais (GOE), onde estava o exército? Ah, já me lembro: no Afeganistão, no Iraque, em Timor, no quartel... Já todos vimos eventos desportivos com planos de segurança mais elaborados e dissuasores. O Red Bull Air Race que se realizou a semana passada no Porto até obrigou ao fecho de ruas a carros e peões durante vários dias e estava em causa a segurança de uma dúzia de avionetas...OK, e no último dia de cerca de 600.000 pessoas.
Certamente que se houvesse alguma visibilidade nas ruas de Viana do Castelo, que o grupo de assaltantes teria ponderado muito bem a sua acção. Talvez esteja aí o segredo para a diminuição da criminalidade: visibilidade constante (das forças de segurança) como investimento na dissuasão.
Não sei o que ficará mais barato, se a diminuição das causas que originam tanta conflitualidade social e marginalidade, se reforçar as forças de segurança. Em relação à primeira, não faltam por aí cabecinhas pensadoras a apontar soluções, em relação à segunda, que tal integrar na PSP e na GNR alguns dos 48.000 professores que ficaram no desemprego (muitos deles sem direito ao rescpectivo subsídio)? Habituados a mediar conflitos, a circular e a trabalhar em alguns ambientes perigosos, não seria muito difícil a adaptação! É que se fossem agredidos (a estatística apenta para duas agressões diárias a professores), pelo menos assim teriam autorização para reagir (calmamente, aos gritos, à estalada, a pontapé ou mesmo a tiro)!
Mesmo quando não percebe nada da nova profissão, temos visto que o ser humano tem uma espantosa capacidade de adaptação. Se alguém duvida, é só olhar para a política! Está recheada de exemplos, que nem um grande perú de natal!...

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