terça-feira, 22 de abril de 2008

Luar

São incontáveis os dias e as noites da nossa separação... especialmente as noites.
Os pensamentos voam até ti e as recordações vestem-nos de cor e cheiro.
Fechando os olhos ouço as gargalhadas das cócegas, que as tuas palavras doces despertam na minha alma.
Pela janela, entra o luar logo seguido pela saudade; enchem a sala de luz e nostalgia, mas a pele continua tão vazia de ti como de ti estará sempre cheio o pensamento.
Fujo da quadrada penumbra do quarto e só paro na redonda escuridão do horizonte, que adivinho ali ao fundo, onde nem o olhar de liberdade te alcança.
A lua é o nosso refúgio secreto; é lá que os nossos anseios se encontram, as expectativas se misturam e os medos se trituram para que a cada retorno a casa haja um pouco mais de esperança de que o definitivo regresso esteja um pedacinho mais próximo...

Um comentário:

Anônimo disse...

o texto ta fantastico..
tem um misto de mistério com encantamento..
:)