sábado, 8 de dezembro de 2007

Natal

Para se surpreender é preciso inovar! Este natal vou deixar toda a gente de boca aberta porque não oferecerei prendas aos que me são queridos e estão próximos e vou escrever cartas aos mais distantes; a ausência de presentes ficará mais impressa na sua memória do que qualquer oferta! A escrita com caligrafia cuidada em papel de carta, envelope colado com saliva e selo carimbado no canto superior direito será uma rajada de originalidade.

Se Natal é quando um homem quiser por que é que não posso ofertar noutro dia que não o 25 de Dezembro? Não me importo que quem receber correspondência minha fique mal impressionado: é que hoje em dia há a ideia de que só tem tempo para enviar cartas quem não tem mais que fazer, quem é preguiçoso, parasita e iliterato porque ainda não aderiu às TIC (quem não souber o que significa está pior do que eu). O Governo é que ainda não se lembrou de registar todos os que se dão ao masoquista e perdulário trabalho de ir até aos CTT (os tais da operadora Phone-ix), para depositar envelopes e cobrar um imposto de ócio.


Por tudo isto, se alguém que habitualmente de mim recebe um presente, estiver a ler estas linhas, pode ficar descansado: não precisa de se preocupar em comprar-me um para retribuir! Essa poupança, para além da ausência de qualquer embrulho, será a minha melhor prenda nestes conturbados tempos em que já se passou aos suspensórios por falta de furos nos cintos!

Um comentário:

nokinha disse...

Tá mal! se a moda pega estou feita! eu sou como as crianças, adoro dar e receber prendas! mas gostei da ideia das cartas e dos postais... juntamente com uns embrulhinhos cheios de laçarotes!