sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Menina do meu olho direito

Quando te abracei pela primeira vez senti que eras especial. Eras a minha herança, parte do que fui e ao longo da vida, parte do que vou sendo. Deixo-te um nome limpo para poderes crescer e dormir descansada, pois da tua vida só tu poderás decidir o que fazer. Nem sempre nos olhámos todos os dias, mas o que nos liga é muito mais forte do que a distância, a ausência e o silêncio. Em mim estarás sempre presente. A tua invisibilidade é um pormenor porque de olhos fechados nunca desapareces. Estás longe, mas isso não conta. Podes não estar perto para que te possa responder a todas as perguntas que a vida te oferece, para que possa preencher com o teu corpo o meu abraço, mas sinto que nos momentos importantes de que também a vida é feita, não te desiludo. Cuidar de ti desde o nascimento e durante algum tempo tornou irreversíveis os nossos laços. A tua adolescência está a ser aparentemente normal, o que me deixa infeliz, apesar de saber ser esse o caminho. Entendo o teu afastamento, afinal estás à procura da tua personalidade e a construir a tua independência espiritual... mas nunca te esqueças, o pai estará sempre aqui para te apoiar nas aspirações, acompanhar nos sonhos e mimar nas desilusões que a vida certamente te oferecerá!...

3 comentários:

Margarida Tanganho disse...

Muito obrigada por todos os teus comentários. Margarida Tanganho
http://calita.blogs.sapo.pt

Anônimo disse...

PARABENS:):):):)

Blogadinha disse...

Ainda bem que paraste no segundo olho, ufa...

Agora a sério - comento o direito pela gracinha mas adorei a visão da menina pelo olho esquerdo, parabéns!

Obrigado pela visita ao blogue e pelo comentário lá afixado.
O teu é super!

Felicidades.